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Dicas de Segurança para Condôminos: Como fazer os moradores se comprometerem a tornar o ambiente mais seguro?

Síndico, esse tipo de situação é comum no seu condomínio?

 

  • Alguém sempre esquece de fechar o portão ou não verifica se ele fechou corretamente.
  • Moradores deixam pessoas entrarem enquanto estão abrindo o portão sem saber se são ou não condôminos ou pessoas autorizadas.
  • Condômino faz uma comemoração no salão de festas, mas não envia uma lista de convidados.
  • Entregadores sempre entram no condomínio, mesmo que esteja estabelecido como regra que o condômino deve retirar qualquer encomenda na portaria.

 

Essas e incontáveis atitudes e comportamentos estão colocando em xeque o sistema de segurança do condomínio e nesse momento, fazendo com que muitos síndicos arranquem os cabelos para encontrar uma solução adequada.

 

Pense na segurança do condomínio como um tripé, que é composto por funcionários capacitados, equipamento eficiente e moradores conscientizados.

 

Por isso, não importa quanto seja o investimento do condomínio em profissionais qualificados ou tecnologia, o fato de um morador não colaborar pode comprometer toda a estrutura de segurança.

 

Isso porque a maioria das medidas de segurança em condomínios possuem caráter preventivo. Ou seja, elas antecipam situações de risco para aumentar a probabilidade de evitá-las

 

Mas por que em muitos casos, o condômino não faz sua parte?

 

Um estudo realizado pelo coronel da reserva remunerada da Polícia Militar do Paraná e autor do livro “Segurança em Condomínios Residenciais e Comerciais” com o apoio do SECOVI-PR aponta que 80% das ocorrências registradas são resultado do descumprimento das normas de segurança e descuidos cometidos por moradores e funcionários.

 

O mesmo estudo aponta que 54% das pessoas optaram por morar em um condomínio por conta da segurança oferecida.

 

Mas se a segurança é tão importante para os condôminos, por qual motivo eles têm dificuldade em colaborar?

 

Vamos do princípio.

 

Para receitar o remédio correto, o doutor precisa identificar qual é a enfermidade,  certo? A melhor forma de encontrar a solução para um problema, é entender quais são suas causas.

 

Imagine o condomínio como uma pequena cidade, sendo esta uma comunidade, possui seu conjunto de leis e cultura.

 

Por que os condôminos não estão seguindo as “leis”?

 

Eles ajudaram a aprová-las?

 

Se os condôminos não têm interesse em participar de reuniões e assembleias, decisões relacionadas à segurança, podem tornar-se em certo nível, unilaterais.

 

Nesse caso, a aderência pode ser prejudicada por alguns fatores como dificuldade de adaptação, falta de conhecimento ou até mesmo descontentamento.

 

Decisões tomadas em conjunto aumentam o comprometimento pois eles não estão alheios e sim envolvidos.

 

Inclusive, novas sugestões e perspectivas sobre o assunto podem agregar ainda mais para o desenvolvimento de soluções efetivas. O quanto os moradores do seu condomínio poderiam contribuir com novas ideias interessantes?

 

Se você tem dificuldades em fazer com que os condôminos participem mais, que tal pensar em abordagens de conscientização?

 

Nem sempre é preciso que estejam presentes fisicamente para contribuir com a tomada de decisão ou agregar com novas ideias. Veicule enquetes e pesquisas no condomínio, peça para que todos deem suas opiniões e sugestões.  

 

Preparamos um artigo com um passo a passo para criar campanhas de conscientização que você pode acessar clicando AQUI

 

Lógico que cada caso é um caso e algumas decisões e regras são necessárias, mesmo que não conte com apoio geral.

 

Você está propagando as normas e hábitos de segurança em condomínios?

 

É importante lembrar que grande parte do comportamento de condôminos que podem criar situações de risco ao condomínio não são feitas de forma consciente, são ocasionados por descuidos que em primeiro momento, podem até parecer inofensivos.

 

Se um dos fatores determinantes para que as pessoas decidam morar em um condomínio é a segurança, quer dizer que sua manutenção é o interesse de todos.

 

Para um morador que pede uma pizza, é bem cômodo receber a entrega na porta de seu apartamento ou não enviar uma lista de convidados ao organizar uma comemoração no salão de festas.

 

Em momentos do gênero, ele está buscando prazer imediato ou evitando tarefas extras. Por isso é importante investir em medidas educativas para conscientizar acerca dos comportamentos de risco.

 

Não apenas na propagação da mensagem, mas também na manutenção.

 

Quem não é visto, não é lembrado, certo? O mesmo vale para normas do condomínio e orientações sobre o comportamento de risco.

 

Ações de conscientização devem ter continuidade para que não sejam deixadas de lado e contribuam no incentivo da postura desejada.

 

Onde o morador deve contribuir com a segurança do condomínio?

 

Consideramos que existem três áreas onde a colaboração dos condôminos é essencial para tornar o plano de segurança condominial mais efetivo.

 

Caso esteja pensando em criar campanhas de conscientização sobre o tema, comece focando em:

 

Controle de acesso, proteção de informações importantes e na vigilância com relação a situações cotidianas.

 

No controle de acesso

 

Algumas pesquisas apontam que a portaria é o ponto mais vulnerável do condomínio, pois ali é onde ocorre o maior tráfego de pessoas, sejam moradores, visitantes ou prestadores de serviço.

 

A dica é que os moradores adotem hábitos para evitar que pessoas estranhas ao condomínio consigam livre acesso.

 

  • Se isso não for uma regra do condomínio, incentive as pessoas a buscarem suas encomendas na portaria e não permitam que entregadores subam ao apartamento.
  • Peça que prestadores de serviço como empregadas domésticas e diaristas sejam entrevistadas na recepção. Se possível, solicite que não contrate profissionais sem indicações.
  • O condômino receberá um prestador de serviço em casa? Peça que ele identifique os profissionais envolvidos e o registre, solicitando sempre que tragam algum documento de identificação.
  • Quando um morador organizar uma comemoração no salão de festas, peça que envie uma lista de convidados.

 

Na proteção da informação

 

Conhecimento é poder, tanto para o bem, quanto para o mal.

 

Medidas de segurança em condomínios têm o objetivo de tornar o local menos atrativo para situações de risco quanto possível.

 

Quem está do lado de fora, não sabe as brechas, rotinas e informações importantes sobre o condomínio e dos que nele residem.

 

Entretanto, quanto mais essas informações ficam disponíveis, maior a probabilidade tornar o local atrativo para alguém com más intenções.

 

  • Incentive a discrição entre os condôminos. Conscientize sobre a importância de não revelar detalhes de sua rotina e vida pessoal para profissionais do condomínio ou pessoas de fora.
  • Peça que não comentem com desconhecidos sobre as medidas de segurança adotadas pelo condomínio e muito menos sua rotina. Detalhes como posicionamento e quantidade de câmeras, perfil, quantidade de profissionais alocados e horários de troca de turno. Essas são informações são valiosas e não devem ser compartilhadas.

 

Vigilância constante

 

Se todos estiverem alertas, será mais fácil identificar atividades que não são comuns nos arredores e até dentro do condomínio para antecipar situações de risco.

 

  • Conscientize sobre a importância do morador prestar atenção ao redor quando estiver entrando no condomínio para identificar se existe alguém com comportamento suspeito no perímetro.
  • A criação de canais de comunicação entre condôminos como grupos de facebook e whatsapp é uma boa forma de trocar informações importantes de forma rápida.
  • Não só analisar a possibilidade de que uma situação seja de risco, mas também prestar atenção se algum condômino está agindo de forma a comprometer a segurança do local ou não está seguindo as normas e recomendações, isso ajudará a criar um sistema de segurança entre condôminos com características auto geríveis.

 

Tem mais alguma sugestão? Conta pra gente nos comentários!

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